Curió pardo no aprendizado do canto praia grande clássico.

Existe "segredos" no aprendizado do curió pardo no canto praia grande clássico?
Na verdade, não podemos afirmar em “segredos”, mas sim em cuidados que devemos tomar para o encartamento dos filhotes. 
Podemos afirmar que não existe lógica. Os preceitos aqui mencionados, muitas vezes podem não ser exatos, porém, fazem parte de exaustivas experiências e tentativas no mais puro empirismo, com resultados altamente satisfatórios.
A primeira condição, que considero sine quo non, (Latim: "sem o qual não pode ser”), refere-se a uma ação ou condição indispensável e essencial, é adquirir filhote de criadores idôneos, devidamente regularizados junto ao Ibama e que se preocupem no manejo, ou seja, que possuam ambientes próprios e isolados acusticamente entre si: de galadores, fêmeas se aprontando, em choco, com filhotes e dos filhotes propriamente ditos. Observe o critério do criador na escolha das matrizes, o histórico das raças, dos ascendentes e dos resultados obtidos nas temporadas anteriores, bem como no tocante à higiene, na qualidade do aparelho acústico e o que ele está tocando para os filhotes ouvirem desde o início.
Veja se não há extravasamento de som de um ambiente para o outro, pois, lembre-se: o curió possui uma capacidade auditiva cerca de dez vezes superior à nossa. Preste atenção no mestre (caso o possua). Ele não deverá possuir: vícios e deficiências no canto, como ausência de entrada, omissão constante de determinada nota, notas estranhas, rasgada feia ou em excesso, batidas semitonadas, quim tói e até abertura. Afinal, o filhote tem maior probabilidade de absorver a parte errada. É preferível que o mestre não cante o dia inteiro para os filhotes, pois nem todo curió canta perfeito durante o dia todo. Há momentos do dia em que o mesmo canta “de farra, brinca”.
E o Cd de encarte que devo tocar? Selo prata, Selo ouro, Selo laranja, etc? 
Neste critério, acredito que o que mais importa é o que ele aprendeu a cantar. É preciso facilitar o aprendizado desde o início. 
Basta tecermos comparações com as crianças. Sr. Olívio, afirma que o curió precisa ter recursos no tocante a sua genética em voz , repetições e no aprendizado de um selo prata, marrom, laranja etc. São pequenos detalhes que fazem a diferença.
Adquirido o filhote, o ideal é que ele fique sozinho, em um ambiente próprio, personalizado, com acústica satisfatória, somente com o aparelho de Cd de encarte (com timer e fotocélula). 
Não ter mais do que um curió por ambiente. Se adquirir mais de um filhote, na fase de marcação de notas deverá separá-lo dos demais, pois poderão retardá-lo ou estragá-lo e vice-versa. 
Não fique estimulando para ele cantar logo, pois poderá vir “gritando” , atropelando as notas do canto e viciar nas falhas e assim, poderá ter todo o trabalho em vão. 
Atente para os sons exteriores como o de outras aves (canário do reino, coleirinhas, azulões, bigodinhos, pixoxó ou principalmente outro curió que não cante corretamente), pois o curió tem grande facilidade em imitá-los. 
Pode-se colocar música ambiente durante a pausa do timer para abafar o som exterior.
Uma vez iniciado os primeiros assobios do filhote, observar: entrada de canto, provável omissão ou colocação errônea das notas, captar o timbre de voz e tendência de repetições e notas estranhas. Ter a sensibilidade de manter ou trocar o Cd de encarte para suprir determinadas falhas ou estimulá-lo a repetir ou melhorar o andamento e melodia do canto. É preciso entender o pardo. Saber de suas necessidades.
Não poupe na alimentação e saúde, ofereça uma dieta balanceada de sementes, farinhada de excelente qualidade, minerais, extrusados, suplementos vitamínicos, probióticos e gaiolas grandes para que possa voar etc. Associe-se a um Clube e mantenha sua situação regularizada perante o Ibama. 
O ingrediente principal é ter amor e paciência, combustíveis vitais para o êxito em suas conquistas. 

Escrito por Serginho Minami.

Vilson de Souza - Navegantes-SC.