Quase 400 mil criadores de pássaros são registrados no Ibama no país atualmente.
Mas a falta de uma legislação específica ainda gera dúvidas, principalmente,
sobre a comercialização dos pássaros. Por isso, o tema foi parar no Congresso
Nacional, com a formação da bancada Eco Passarinheiro.
No viveiro do criador José Carmine Dianese, há 350 pássaros da espécie
bicudo. A metade, filhotes reproduzidos no próprio cativeiro em 12 anos de
trabalho. Tudo dentro das normas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
– A minha motivação para criar pássaros foi conservacionista. Na verdade
eu nunca vi um bicudo livre na natureza. O que me motivou foi o fato de saber
que existem muitas pessoas interessadas no canto desses pássaros e que eles estão
à beira da extinção – conta.
A espécie bicudo emite o som de até 25 notas musicais diferentes.
Atrativo suficiente para quem quer ter um pássaro de estimação. Esses animais
também movimentam a economia de vários setores como a fabricação de gaiolas e
produção de ração e medicamentos. O curioso é que os interesses dos criadores
foram parar no Congresso Nacional, com a formação de uma bancada específica
para tratar do assunto. Os 26 Deputados Federais, integrantes da Bancada, estão
elaborando uma lei para a comercialização de pássaros. A idéia é conciliar
renda e respeito ao meio ambiente.
– Depois de contatar os diretores do Ibama, e unir os criadores do
Brasil, nós conseguimos redigir normas que ajudarão na convivência pacífica,
construtiva e com resultados econômicos – explica o Deputado Federal
coordenador da bancada, Nelson Marquezelli (PTB-SP).
Nós estamos fazendo um trabalho de conservação e por isso merecemos o respeito da sociedade. Para muitos criadores, esta não é uma atividade lucrativa e nem rentável. A maioria têm por hobby. Mas, alguns querem tornar isso um negócio – esclarece o presidente da Confederação Brasileira dos Criadores de Pássaros Nativos, Aluízio Tostes.
Nós estamos fazendo um trabalho de conservação e por isso merecemos o respeito da sociedade. Para muitos criadores, esta não é uma atividade lucrativa e nem rentável. A maioria têm por hobby. Mas, alguns querem tornar isso um negócio – esclarece o presidente da Confederação Brasileira dos Criadores de Pássaros Nativos, Aluízio Tostes.
Fonte: www.canalrural.com.br
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