É comum em fêmeas novas na primeira criação e pode ocorrer com fêmeas mais velhas, mas é raro.
Procedimento adequado: forrar o fundo da gaiola com papel para evitar a quebra dos ovos. Assim que a fêmea botar o ovo, retirar com cuidado para não quebrar, colocando-o num recipiente com farinha de mandioca. A seguir colocar um ovo artificial dentro do ninho. Possivelmente, ela irá para o ninho chocar, sendo provável que o segundo ovo seja botado no ninho. Se tal não ocorrer tomar todos os cuidados iniciais.
Caso a fêmea aceite chocar o ovo artificial, retira-se o mesmo e coloca o que ficou na farinha de mandioca. Observe que os ovos armazenados na farinha, não poderão exceder de 05 dias.
Uma prática eficaz é colocar os ovos que a fêmea botou fora do ninho para uma outra fêmea chocar, ou ainda, usar uma chocadeira apropriada.
2 - A fêmea abandona o choco ou não alimenta os filhotes:
Fato comum, principalmente com fêmeas novas, de primeira cria. Nem tudo está perdido. Ovos podem ser migrados para outras fêmeas ou incubados artificialmente.
Filhotes podem facilmente receber alimentação manualmente.
O abandono dos ovos pode acontecer por transferência de residência; por exemplo: de um criador que muda para outra cidade, ou mesmo de uma casa para outra, que teve que transportar seus pássaros em meio a estação reprodutiva. Os ovos estariam certamente perdidos.
São raros os casos em que a incubação artificial é a única solução (ainda bem). Em sua maioria, os ovos abandonados são transferidos para outras fêmeas.
A maior dificuldade, para os casos de incubação artificial, para um grande índice de sobrevivência, está na manutenção da temperatura e da umidade relativa estáveis, em um nível excelente, principalmente durante os primeiros 15 dias de vida. Estão disponíveis, no mercado, várias soluções profissionais para a manutenção de filhotes de pássaros sem os pais. A higiene é fundamental. A cada refeição são removidas as fezes dos ninhos. As refeições devem ser ministradas em intervalos pela observação do volume do papo do filhote. Esvaziou... tá na hora de alimentar. A papa deve ser depositada sobre a língua do filhote e após o início da formação do bico. O filhote deve abrir o bico espontaneamente. Nunca deve ser forçado. Na segunda ou terceira refeição já estão espertos, facilitando o trabalho com a seringa. A quantidade é sempre pequena. Uma gotinha de cada vez. Se o filhote sacudir a cabeça, tentando livrar-se da papinha será por essa ter sido depositada em local inadequado ou em quantidade excedente.
Não podem ficar restos de papinha no bico, corpo do filhote ou no ninho. É fungo na certa. O papo não deve ficar demasiadamente cheio. Os filhotes são gulosos e mesmo alimentados ficam pedindo mais e mais comida. É necessário limpar o bico dos filhotes após cada refeição. Os filhotes criados sem a mãe, apresentam um pouco mais de dificuldade para se adaptarem com a dieta comum. Certamente pela falta do seu exemplo.
A alimentação manual dos filhotes, também pode ser implementada em apoio a alimentação dada pelos pais, com grande sucesso para o desenvolvimento dos filhotes. Nesse caso, devem ser fornecidas apenas algumas porções aos ninhegos, sem nunca completar os seus papos, para que continuem com apetite e pedindo comida aos pais. Se forem saciados plenamente, a fêmea pode perder o estímulo e parar de alimentá-los.
3 - A fêmea bica o ovo:
Se a fêmea bicar o ovo após botar, elimine-a do plantel de reprodutoras, pois pode ser canibalismo ou um sério problema nutricional que só um veterinário especializado em pássaros pode diagnosticar.
4 - A fêmea bica os filhotes:
Deve ser observada cada fêmea, após o nascimento dos filhotes.
Se alguma começar a bicar o filhote, após o quinto dia de nascido, colocar uma tela protetora sobre o ninho de forma que ela possa continuar a alimentar o filhote sem acesso direto ao mesmo.
Fonte: www.sitiodocurio.com.br
Vilson de Souza.