Criação de Bicudos e Curiós contribuem com a preservação das espécies.

Os Curiós e os Bicudos sempre foram pássaros muito cobiçados, devido aos seus vários predicados, tais como: o belo e melodioso canto, a altivez e a postura elegante.
Bicudos e Curiós são aves de origem silvestre, existentes na América. No Brasil, houve a dizimação dessas espécies em habitat natural, à exceção da Amazônia, onde ainda há curiós em abundância.  São muito dependentes das condições naturais de seu habitat, notadamente o Bicudo, da existência de água despoluída, de capim navalha (tiririca), de veredas (pindaívas), de grandes alagados e de toda uma vegetação adequada. Isso tudo é o mínimo necessário ao processo de vida natural desses pássaros.

Por isso, esses pássaros nunca foram encontrados por aí, como outras aves que se adaptam com facilidade em qualquer ambiente, mesmo degradado ou modificado, a exemplo do Sabiá, Canário-da-terra, Coleiro, dentre outros.
A caça predatória e a destruição do habitat natural são fatores que atuam na diminuição da população desses espécimes de pássaros. Com a criação doméstica e comercial surge como um recurso simples e viável para não deixar perder esse patrimônio genético, evitando a extinção.
Os Curiós e os Bicudos sempre foram pássaros muito cobiçados, por causa de seus vários predicados: fácil adaptação aos ambientes domésticos, muita valentia, disposição para cantar, grandes diferenças individuais, capacidade de repetir e de aprender o melhor e mais bonito canto. Tudo isso os transformou em aves economicamente muito valorizadas.

A caça predatória e a destruição do habitat natural são dois fatores primordiais que atuam de maneira progressiva e irreversível na diminuição da população desses espécimes. Esses fatores sinalizam a real possibilidade de extinção, pois, em liberdade, já não são muito freqüentes. A única solução encontrada, hoje em dia, para desacelerar esse processo, foi a criação racional em ambiente doméstico e criatório comercial. Especialmente, daquelas espécies de aves que, de alguma maneira, despertam interesse, seja pelo canto, porte ou valentia, como é o caso de Curiós e Bicudos.




Até a década de 1970, existiam vastas populações em quase todo o território brasileiro, os exemplares mantidos pelos aficionados eram capturados na natureza e ninguém se importava com isso. A partir daquela época, iniciou-se uma crescente conscientização dos amantes desses pássaros para o perigo de extinção. Além do mais, naquele momento, começava a vigorar a Lei 5.197, que tratava da Proteção à Fauna. O impacto estava criado, novo pensamento, novas formas de encarar essa realidade, a situação era gravíssima, não havia saída. Iniciaram-se de forma lenta os trabalhos de reprodução doméstica que, aos poucos, a partir da década de 1980, tomaram impulso para, nos anos 90, alastrar-se para todo o Brasil, e de forma crescente.

Hoje, pode-se dizer que há cadastrado no Sispass/Ibama mais de 200 mil Criadores Amadoristas e milhares de criadores comerciais de passeriformes, dos quais muitos  se dedicam exclusivamente na criação de Bicudos e  Curiós de forma a livrá-los da extinção. Separa-se a criação de cunho amadorista, que é controlada pelo IBAMA, por meio do SISPASS, e a outra, a atividade comercial, que produz os pássaros em larga escala para atender a toda a demanda. O que muito ajuda é a longevidade dos pássaros que podem reproduzir por até a idade de trinta anos, especialmente, os machos. As fêmeas de até 20 anos também produzem ou podem tratar de filhotes.
A criação doméstica surge como um recurso simples e viável para não deixar perder esse patrimônio genético.
Em suma, a criação doméstica surge como um recurso simples e viável que os ornitófilos e interessados em geral tem à mão para não deixar perder esse patrimônio genético, e também contribuir com possíveis projetos de repovoamento em áreas indicadas.
Como em qualquer criação de passeriformes, o que irá ditar o sucesso de um criador é sua capacidade técnica. Não adianta adquirir excelentes matrizes, se o criador não as mantiver de maneira adequada, seguindo o manejo correto. É nessa perspectiva que o trabalho de criação de passeriformes, com finalidade econômica, está se tornando uma atividade cada vez mais difundida no Brasil.

Fonte:  www.cpt.com.br