O canto dos pássaros encanta Evaldo Antônio da Silva, 61 anos, desde criança. "Na roça tinha muitos passarinhos soltos e mesmo assim gostava de criar filhotes", recorda.
Mas por muitos anos, após sair da fazenda, ele precisou deixar de lado a paixão, que só resgatou em 1981, quando se mudou para o São José-SC e conseguiu o registro do Ibama. "Uma casa sem passarinho é calada e sem graça", confessa o criador de Curiós e Bicudos que todos os dias repete o ritual de cuidados, incluindo o preparo da milharina com farelo de ovo cozido, para alimentar os filhotes.
"Os Curiós têm o canto gostoso, é uma melodia linda, um ritmo que não se confunde", diz.
"Já dos Bicudos admiro a valentia nos torneios e a fibra no canto".
Entre seus campeões, ‘George Bush’ é o mais premiado. "O pessoal brinca para eu mudar o nome para Obama, mas já combina com ele", diz.
No fundo de casa, Evaldo construiu uma edícula para proteger seus pássaros do vento e para se reproduzirem. "Ter passarinhos é um vício difícil de largar", admite.
Escrito por Valeska Mateus.
Fonte: Jornal "A Cidade".
