Manejo específico na formação do curió galador.



Formação de um curió galador

Para formar um curió galador, devemos dedicar-lhes manejo específico, de forma a que possam expressar todo o seu potencial. 
Na atividade reprodutiva o curió necessita de alguma preparação para que desempenhe a função de galador. 
Nessas atividades de curió galador pouco vale a máxima de: "o que é bom nasce pronto"

Manejo na preparação do galador

Quando desejamos empregar um curió como reprodutor é importante que o apresentemos às fêmeas, por alguns instantes, desde quando for pintado ou maracajá. Dessa forma, ele irá despertando a libido, perdendo a timidez e desenvolvendo o hábito de cantar para cortejar a fêmea. 
É importante encostar sua gaiola em uma gaiola criadeira vazia, ambas com os passadores abertos. Dessa forma ele adquirirá a habilidade necessária para passar de uma gaiola para outra com desenvoltura. 
Em um segundo momento, devemos colocar uma gaiola com uma fêmea encostada a outra gaiola criadeira vazia. A gaiola do nosso futuro galador será encostada na criadeira vazia, com os passadores abertos, mas separada por uma divisória. Quando retiramos a divisória ele poderá passar da sua gaiola para a criadeira vazia, buscando a aproximação com a fêmea que estará no outro lado. Deverá adquirir desenvoltura nessa passagem para a gaiola criadeira, retornando posteriormente para sua. 
Outro recurso empregado por alguns criadores é manter, durante a época da muda de penas, quando os pássaros estão frios, o seu futuro galador com uma fêmea, em um gaiolão maior, do tipo voadeira. Dessa forma ele acostuma com a presença da fêmea no mesmo ambiente. Aprende a evitar os pequenos desentendimentos, fugindo de quaisquer atitudes mais agressivas das fêmeas. 
É importante que, ao adotar tal prática, não escolhamos uma fêmea muito agressiva, pois o efeito poderia ser a intimidação do futuro galador. 
O momento da primeira cruza é decisivo para o futuro do curió como reprodutor. A fêmea escolhida deve ser de excelente temperamento e dócil por ocasião da cópula. A fêmea inexperiente, que nunca tenha sido galada ou cujo temperamento se desconheça deve ser evitada. Se for agredido na primeira tentativa poderá ficar intimidado e nunca voltar a galar. 
É comum que curiós galem ainda maracajás ou mesmo pardos, mas dificilmente são aceitos pelas fêmeas antes de adquirirem a definitiva plumagem de adulto. 
Se tiver sucesso, será galador para sempre. Com a prática melhorará suas habilidades. 

Vilson de Souza - Navegntes-SC.